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Interdição na BR-060 causa congestionamento de mais de 15 km em Sidrolândia

Com o aumento das manifestações sociais por todo o país, rodovias federais tornaram-se palco de protestos que colocam em xeque a mobilidade e a segurança de motoristas. O mais recente deles ocorre na BR-060, em Mato Grosso do Sul, refletindo a tensão entre demandas populares e a infraestrutura viária. A situação tem gerado impactos não apenas no tráfego, mas também na rotina de centenas de pessoas que dependem da estrada para trabalho, transporte de mercadorias e deslocamento diário.

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) orienta o retorno de condutores ou o uso de rotas alternativas para evitar o congestionamento registrado na BR-060, em Sidrolândia, próximo ao trecho conhecido como trevo do “Capão Seco”, localizado a cerca de 55 quilômetros de Campo Grande. O congestionamento já ultrapassa 15 quilômetros após o bloqueio total, nos dois sentidos da rodovia, causado por famílias ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

De acordo com agentes da PRF que atuam no local, motoristas estão sendo instruídos a retornar para Campo Grande ou Sidrolândia, ou, se preferirem, enfrentar a longa fila de veículos para cruzar o trecho bloqueado. Para quem segue rumo a Ponta Porã ou Dourados, a alternativa indicada é utilizar a BR-163. Já para quem precisa ir em direção a Jardim ou Aquidauana, o desvio sugerido é pela BR-262, passando por Terenos.

A fila de veículos começou a se formar ainda na madrugada, por volta das 4h. Desde então, famílias do MST mantêm o bloqueio como parte das ações da Jornada de Lutas pela Reforma Agrária, também conhecida como “Abril Vermelho”. O movimento reivindica mais políticas públicas voltadas à distribuição de terras e melhores condições de vida no campo.

A BR-060 está bloqueada com a utilização de pneus queimados, galhos de árvores e pedaços de madeira, dificultando a remoção imediata dos obstáculos. Os manifestantes afirmam que a interdição seguirá por tempo indeterminado, e que o objetivo é pressionar o governo federal a abrir diálogo com o movimento.

A situação se agrava com o clima instável e a ausência de estrutura básica no local. Conforme relato de um caminhoneiro retido no bloqueio, os ânimos entre os motoristas estão exaltados. “Têm idosos e crianças aqui. Não tem banheiro e ainda está chovendo. Os motoristas estão revoltados”, afirmou. Segundo ele, muitos reclamam da falta de flexibilidade para uma liberação parcial da via, que amenizaria os impactos para quem está preso na rodovia.

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