A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realiza, neste domingo (25), a eleição para escolher seu novo presidente, após o afastamento de Ednaldo Rodrigues determinado pela Justiça. A votação, marcada para começar às 9h30 (horário de MS), terá chapa única, encabeçada por Samir Xaud, presidente da Federação de Futebol de Roraima.
Com 41 anos, médico e empresário, Xaud chega à eleição com apoio robusto: 19 federações estaduais já declararam voto, garantindo os 57 votos necessários para ser eleito, segundo as regras da entidade. O mínimo exigido para o registro de uma candidatura era o apoio de oito federações e cinco clubes, o que a oposição não conseguiu alcançar.
Nos últimos dias, um movimento formado por mais de 30 clubes das Séries A e B tentou articular uma candidatura alternativa, tendo como nome preferido Reinaldo Carneiro, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF). No entanto, a articulação não reuniu o apoio suficiente para formalizar a disputa.
Eleição em meio a mudanças e turbulências
A nova eleição ocorre poucos meses após Ednaldo Rodrigues ter sido reeleito no dia 24 de março para um mandato que iria de março de 2026 a março de 2030. No entanto, no último dia 15 de maio, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou o afastamento imediato dele e de toda a diretoria da CBF.
A decisão partiu do desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, da 19ª Câmara Cível do TJ-RJ, e marca o segundo afastamento de Ednaldo. Em dezembro de 2023, ele já havia sido retirado do cargo por decisão da Justiça estadual, mas conseguiu retornar pouco depois, graças a uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Novo comando, novo ciclo na Seleção
A definição do novo presidente da CBF acontece um dia antes de outro momento decisivo para o futebol brasileiro. Nesta segunda-feira (26), o italiano Carlo Ancelotti faz seu primeiro compromisso oficial como técnico da Seleção Brasileira, anunciando a convocação dos jogadores para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
A eleição deste domingo, portanto, marca o início de uma nova fase tanto na gestão da entidade quanto no projeto esportivo da seleção, que busca se reestruturar após anos de instabilidade dentro e fora de campo.
