Mato Grosso do Sul caminha para ter 30 mil hectares destinados à citricultura, quase o dobro do atual. Porém, o avanço do cultivo de frutas cítricas em escala, pode ser freado pelas taxas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Os Estados Unidos são os principais compradores das frutas cítricas brasileiras.
E Mato Grosso do Sul, que tem recebido investimentos recentes do setor, está no meio desse impasse. Desde 2024, tem crescido a área destinada à citricultura no Estado, fruto de investimentos privados e incentivos do poder público.
No início de abril, antes de Trump decidir adiar por 30 dias a taxação, a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária) mostrou preocupação em relação ao setor. Em nota, afirma que os Estados Unidos são responsáveis por 31% do mercado brasileiro de sucos de laranja.
“No caso dos sucos de laranja, os EUA contam com alguma produção no mercado doméstico, que seria muito favorecida em relação à alternativa brasileira. A elevação das alíquotas de importação sobre estes produtos pode minar a competitividade do Brasil neste mercado, impactando os rendimentos do produtor”, diz a nota da CNA.